domingo, 15 de julho de 2012

‎"A essência da não-violência é o amor. A partir do amor e da vontade de agir sem ego, estratégias, tácticas e técnicas para um combate não-violento surgem naturalmente. A não-violência não é um dogma; é um processo. Outros combates podem ser alimentados por cobiça, ódio, medo ou ignorância, mas um combate não-violento não pode usar tais fontes cegas de energia, pois elas destruirão aqueles nelas implicados e também o próprio combate. A acção não-violenta, nascida da consciência do sofrimento e nutrida pelo amor, é o modo mais eficaz de confrontar a adversidade"

- Thich Nhat Hanh, "Love in Action"

domingo, 1 de julho de 2012

Green is not a colour, is a state of mind.

Hoje fui novamente à TBS (The Body Shop) voltei deliciar-me e perdi-me. Mas desta vez não me contive e acabei por gastar bastante dinheiro. Mas teve de ser. 
E querem saber de uma coisa? Foi tão bem gasto o meu dinheiro! Porque eu sei que iria acabar por gasta-lo de outra forma que não fosse correcta, como esta foi. Consciência limpa é o que é. Ao saber que ninguém sofreu para eu me deliciar com estes maravilhosos produtos que ainda por cima, não nos fazem mal.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sei que só tenho feito citações, mas a verdade é que quando leio o que este grande senhor escreve só me dá vontade de partilhar. Ele simplesmente diz tudo aquilo que me moí a cabeça de incompreensão.
Por isso aqui vão mais umas pequenas grandes palavras acerca de um dos maiores temas desta nossa actualidade. A selecção. O Euro 2012. 

"Perdemos? O quê? Ganhávamos? O quê?
O que ganhávamos era se 10% do entusiasmo que colocamos no futebol se deslocasse para a defesa de um Portugal mais justo e ético, onde os direitos dos homens e dos animais fossem respeitados, onde não houvesse nem injustiça social, nem políticos corruptos, nem práticas bárbaras como as touradas ou os abates nos canis. Isso sim, seria motivo de orgulho por sermos portugueses.
Meus amigos, eu até acho que a selecção se bateu bem, mas o que me orgulhava era se os 10 milhões que somos se batessem ainda melhor por um Portugal e um mundo melhores para todos os seres, humanos e não humanos. Isso é que era! Não tenho nada contra o futebol, mas tenho tudo contra a ilusão que faz dele o centro da nossa vida e das nossas expectativas enquanto nação."


-Paulo Borges

terça-feira, 26 de junho de 2012

"Yesterday i was clever, so i wanted to changed the world. Today i'm wise, so i'm changing myself".
- Rumi

...vãs ilusões do mundo...

"Que fique claro. Nada tenho contra a alegria e a festa e, pelo contrário, prezo-as muito. Nada tenho contra o futebol como jogo, que aprecio quando bem jogado. Nada tenho contra ver os meus concidadãos entusiasmados, a saírem para a rua para festejarem até altas horas da noite. Antes isso do que vê-los deprimidos e cabisbaixos, a dizerem constantemente mal da vida, do país e do mundo e a não terem outra conversa senão mexericos, doenças e dores. Somente preferia vê-los felizes e não eufóricos, verdadeira e profundamente alegres e não mera e fugazmente exaltados por aquilo mesmo que, no momento seguinte, perante outro resultado da selecção, os vai deprimir e fazer voltar à mesma vidinha triste de sempre. E sobretudo gostava de os ver, com o mesmo e até maior entusiasmo, a tudo fazerem por uma sociedade mais consciente, ética e justa, que inverta o actual rumo de exploração dos homens, dos animais e do planeta. E, em vez de idolatrarem um conjunto de homens iguais a eles, tudo fazerem para prezar e ser fiéis ao melhor de si próprios, sem anestesiarem a voz da consciência e alienarem a energia de transformação na busca de excitação e distracção a todo o custo. Sei que as massas humanas dificilmente saem deste processo, desde antes do circo romano. Mas procuro cumprir o dever de todos nós: sermos testemunhas conscientes e críticas, mas nunca amargas, das vãs ilusões do mundo, reconhecendo-as primeiro que tudo em nós mesmos. E vejo que não estou só. Que os mais conscientes se unam em prol de uma sociedade mais desperta, responsável e livre."

-Paulo Borges



Não preciso de fazer qualquer tipo de comentários, ele já disse tudo aquilo que eu poderia tentar dizer. 

                     
‎"Atenção, não percam! Os canais televisivos transmitem em directo a recepção da selecção pelo Presidente da República. E há pouco passou uma longa reportagem sobre os espaços vazios onde iria ter lugar essa recepção. E um directo com os jogadores a almoçarem na Fundação Champalimaud, com a informação preciosa de que "comeram esparguete à bolonhesa, uma refeição rica em hidratos de carbono, para terem força para viajar até à Ucrânia". Obrigado, televisão, por nos tratares como os atrasados mentais que somos por acharmos que isto é normal!'' 

 Paulo Borges